terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Palestina: um genocídio que envengonha o mundo*

O mundo não pode continuar assistindo com a indiferença dos covardes o massacre que ora vem sendo imposto de modo desumano ao povo Palestino. O que está ocorrendo na faixa de Gaza não tem outro nome, senão o de genocídio; tão abominável quanto o praticado por Adolf Hitler na segunda grande guerra. O mais triste é constatar que as agressões de Israel mesmo violando todos os direitos e os tratados internacionais vêm recebendo os beneplácitos logísticos e financeiros dos Estados Unidos e da União Européia. Porém, apenas parte desta verdade inconveniente tem chegado até nós e ao resto do mundo em função do comprometimento da mídia marrom mundial ante o discurso mentiroso e estratégico do Pentágono e do governo bélico de Israel. Além de todo o aparato de controle das informações que saem para a opinião pública internacional(leia-se agências de notícias).
Nada nos faz desacreditar que o pretenso estado israelense é uma usurpação daquilo que um dia foi o chão do povo Árabe. Os palestinos, desde a forçada divisão do seu espaço geográfico em 1947 vêm tendo sistematicamente suas terras invadidas por Israel. De modo que desde então, apenas se defendem lutando como pode, contra todo o poderio belicoso daqueles que os tornaram prisioneiros e escravos dentro do seu próprio território. Sob a desculpa de que precisam destruir o Ramas os israelenses praticam toda sorte de crime e atentados contra a dignidade humana. Executam, inclusive, o pior dos terrorismos assim como os Estado Unidos, que é o terrorismo de estado. Desrespeitando toda e qualquer forma do direito internacional... Cometem crimes de guerra dos mais horripilantes e pusilânimes de onde não estão livres sequer as crianças, mulheres e idosos. O que acontece hoje nos chamados territórios ocupados é um massacre sem tamanho. Um genocídio injustificável, praticado por um pseudogoverno que se diz legítimo e merecedor do crédito dos países árabes da região. Por isso todo o ódio que desperta na maioria dos seus vizinhos do Oriente Médio. Sua sede expansionista os condena aos mesmos crimes praticados pelos nazistas e ditadores do mundo. Hoje a luta dos palestinos na faixa de Gaza e nos território ocupados mais que por soberania e terra para se viver, também é por água para sobreviver a uma disputa que equivocadamente está sendo chamado de guerra, posto que não pode haver guerra de um exército só.
Não somente por meio de mísseis, bombas, tanques, aviões e armas químicas, Israel também castiga os palestinos controlando as escassas fontes de água potável. Suprimem a entrada de medicamentos, socorro e alimentos para os que estão cercados, refugiados, exilados na sua própria pátria-mãe. Afinal de contas, meias-verdades, mentiras e equívocos é o que não falta neste conflito de Davi contra Golias. Não é possível conceber o argumento dos que defendem o exército de Israel, visto que eles é que são os agressores e, por isso mesmo não podem continuar se passando por vítimas. Por se tratar de uma operação bélica claramente desigual, de cerco e extermínio de um povo que lhe é retirado até mesmo o sagrado direito de possuir seu próprio chão.
A ONU que por diversas vezes já demonstrou ser o braço direito dos EUA e à serviço dos governos imperialistas no mundo, até o momento faz vista grossa e ouvido de mercador diante das enormes barbaridades cometidas contra o povo palestino. Nenhuma condenação pública foi votada contra Israel. Tudo o que a ONU conseguiu realizar foi uma resolução apática expressa num pedido de cessar-fogo; algo simplório e previsível demais, para um episódio de proporções fratricidas com que vem se transformando a questão na faixa de gaza e nos território ocupados da Palestina.È certo que a solução para o conflito é difícil devido as razões históricas que envolvem Árabes e Judeus. No entanto, o mundo precisa se posicionar em favor da paz, da vida, da lei e da verdade, queiram os EUA ou não. Mas, é preciso entender a forma de luta e resistência de um povo oprimido, humilhado e encarcerado na sua própria terra(ou o que restou dela) não cabendo a mera criminalização do Hamas sem um aprofundamento de mérito na crise. A razão de ser da resistência é a ocupação dos territórios.
Um conflito que do jeito que vai envergonhará o mundo e cobrirá de sangue o mapa do Oriente Médio. Em nome da paz, da soberania e da solidariedade internacional entre os povos o Brasil, por exemplo, como estado democrático e de direito, signatário dos tratados e organismos internacionais precisa condenar o genocídio engendrado contra o povo palestino. E quem sabe, até romper relações diplomáticas com Israel, assim como corajosamente o fez o presidente Hugo Chavéz da Venezuela.
O governo de Israel deve ser condenado e os EUA juntamente com a UE responsabilizados pelo Conselho de Segurança da ONU, mesmo sabendo que isso não trará efeito algum do ponto de vista concreto, basta recordar a questão do Iraque. No entanto, a comunidade internacional precisa saber das verdadeiras razões que movem os agressores da nação palestina, bem como aqueles que os apóiam.
Os palestinos têm pelos menos o direito de resistir contra às forças de ocupação do seu território e aos que almejam o extermínio dos seus compatriotas.
(*) Por: José Cícero
Professor, escritor e poeta.
Presidente Municipal do PC do B.
Secretário de Cultura, Turismo e Esporte
de Aurora – CE.

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