sexta-feira, 2 de julho de 2010

Seleção Brasileira me engana que eu gosto!

Por José Cícero Brasil na copa da África: uma seleção que já nascera predestinada ao fracasso, em parte, pela arrogância e o “sapato alto” de atletas e gente como o Sr. Ricardo Teixeira e o seu dublê de técnico Dunga. Uma pena que os torcedores brasileiros não, puderam na sua grande maioria enxergar esta realidade, em face de todo o shownalismo midiático deliberadamente encenado sob a batuta do Galvão Bueno e cia.
Não é de hoje que os grandes anunciantes com os seus gordos contratos de exclusividade não permitem que a verdade seja dita ou mostrada. De modo que a imprensa mais esconde do que informa.
Gozado, vermos agora todo o teor dos comentários daqueles que antes gritavam aos quatro ventos a vitória antecipada da seleção.
Para a Globo, por exemplo, o Brasil já era o campeão do mundo. Nossos jogadores já eram os melhores do planeta. A nossa comissão técnica já era a melhor do mundo. O presidente da CBF já era quase o presidente da FIFA. Tudo parecia ser apenas uma mera questão de tempo. Só faltava mesmo a solenidade da entrega da taça ao nosso capitão. Só faltavam mesmo os holofotes, porque todo o resto era fato consumado. Porém, as coisas não são bem assim, sobretudo no futebol. Não há como ser campeão de nada com pura falácia e maquiagem da verdade.
Para todos “eles”, o hexacampeonato já era uma realidade. Assim, debater a verdadeira seleção do Brasil e seus problemas parecia um pecado mortal. Uma proibição das mais graníticas por parte significativa da crônica brasileira.
Então, a grande pergunta que se faz agora é: A quem interessa toda esta pantomima? Qual a razão da ausência de um debate qualificado, com base na realidade? Por que discutir a fundo a seleção era coisa para jornalista rebelde?
Por que ninguém contestou a convocação de um técnico que não era técnico? De alguém que nunca foi testado sequer no Íbis ou no campinho da várzea nesta posição? Ora, a condição de ex-jogador campeão do mundo, não pode ser o único critério para um cargo tão importante e que, por sua vez requer experiência, inteligência, frieza e perspicácia. Principalmente em se tratando de uma equipe do porte do Brasil penta campeã do mundo. Ou será que ganhar a copa América e das Confederações cegou tudo mundo?
Uma nação com a dimensão territorial, histórica, culturalmente futebolística do porte do Brasil não pode se dá ao luxo de mandar para a copa um time que sequer, os brasileiros conheciam, além de um técnico aprendiz.
Um bom planejamento estratégico não poderia passar por este verdadeiro desvario. No mínimo seria subestimar o mais pífio dos adversários. E, diga-se de passagem, que o futebol de hoje passa por um vertiginoso processo de nivelamento em todo o mundo.
Ora, se ter sido um jogador campeão do mundo fosse um único critério válido para comandar uma seleção do cabedal do Brasil, seriamos eternos campeões, posto que temos o Pelé, o atleta do século. Diante de tudo isso, diria que o fracasso da nossa seleção era algo previsível. Apenas a mídia marrom não viu. Ou quem sabe, fingiu não enxergar tentando esconder dos nossos torcedores esta verdade.
Não podemos esquecer que esta copa está se transformando numa das mais fáceis da história. E mesmo assim fomos eliminados pela Holanda que, aliás, não jogou nada, assim como o Brasil até o instante da derrota.
Não foi preciso ser técnico para constatarmos que o Kaká não estava preparado para ser titular. Que o Fábio Melo e Daniel Alves não tinham potencial para estarem entre os titulares. Que trocar um centroavante por outro e um lateral por outro não favorece nenhum esquema tático, sobretudo quando nenhuma tática existe.
Fomos, portanto, eliminados não pela Holanda que também não jogou bem, mas pela deficiência de um time fraco, mal preparado e profundamente deslumbrado pelos dólares e os holofotes da fama, somado ao clima do “já ganhou”.
Numa seleção que almeja ganhar uma copa do mundo não pode haver lugar para os aprendizes e, tampouco para jogadores comprovadamente limitados.
Se o Brasil tivesse apresentado sequer 50% do que apresentou a Argentina ou mesmo o Uruguai que não estão lá essas coisas não teria saída da África como saiu: derrotado que foi pela sua própria incompetência. A tristeza e a vergonha poderiam ser pior, caso o Brasil fosse mais adiante... O duro e lamentável é saber que o melhor do Brasil não estava ali.
Há que se fazer uma mudança radical em toda a estrutura do futebol brasileiro. Do contrário a tragédia será ainda mais vergonhosa em 2014. Nosso futebol sobreviverá a mais este fiasco. Um duro golpe no entusiasmo da imensa nação torcedora do Brasil. Pois temos potencial para isso...
Foto:http://blogs.diariodepernambuco.com.br/esportes/
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