sábado, 23 de julho de 2011

AURORA – Uma saudade antiga...

Por José Cícero


Quantas são as saudades e tantas são as lembranças que temos ainda hoje da Aurora e da sua sociedade de outrora. Quantas recordações mantemos guardadas no funda da nossa memória de antigos anos, momentos marcantes daquela Aurora-passado. Da sua boa gente e da sua história: bela, trágica e tremenda.
De acontecimentos que de algum modo substantivo assinalaram para sempre a vida social da nossa urbe. Quantas figuras humanas das mais simples às mais importantes continuam ainda agora eternizadas no livro dos anos e nas paredes das nossas recordações memorialistas. Quantas saudades históricas e afetivas estão ainda hoje impregnadas nas nossas memórias mais latentes e adormecidas, como poeira de antigas estradas se dissipando aos poucos por todas as léguas tiranas do tempo e da vida?

Quantos causos, quantas estórias e histórias. Quantas fatalidades, quantos instantes felizes, quantas injustiças, quantas tragédias que agora se misturam num turbilhão relembranças em meio ao presente insosso das nossas vivências cotidianas. Quantos momentos inesquecíveis. Quantas cenas indeléveis. Quantas passagens inexoráveis. Quantas coisas ainda por lembrar, quantas queremos esquecer. Quantos conflitos, quantos traumas existenciais guardamos no nosso baú de ossos ou simplesmente os carregamos como tesouros ou mesmo como fardos pesados sobre os ombros e sobre as nossas costas.
Quem conseguirá talvez passar incólume a todos estes anos e não ser tocados de alguma maneira pela força descomunal destas recordações ressabiadas e dolentes. Como se fossem folhas espinhentas de cansanção e urtiga a nos acordar do sono letárgico do tempo presente em que estamos(de certo modo) mergulhados.

Saudades e saudade... Relembranças de uma Aurora passado, provinciana e alvissareira. Quando as pessoas eram movidas pela solidariedade de grupo num mais absoluto senso prático. Um mundo social de uma gente centrada na comunhão da amizade, quase como uma profissão de fé. Sem nenhum ranço de egoísmo ou esperteza onde as preocupações de um futuro distante, não iam além de injunções carcomidas no mais das vezes paroquiais.
Remoção de uma vida quase que exclusivamente bucólica, de uma sociedade um tanto medieva e familiar.
Quem conseguirá talvez, não sentir saudade?
Das antigas alegrias compartilhadas numa sinergia jamais vista. Dos momentos inquebrantáveis dos anos idos. Da ânsia que alimentava o contentamento de se esperar todos os dias o trem na velha estação. Da festa do santo padroeiro animado pelos leilões gritados por Romão Sabiá, dos toques do sino e o velho relógio da matriz. Do som do antigo órgão e do violão de Joaquim Paulino. Das missas antológicas e dos sermões quase proféticos e beneditinos do Monsenhor Vicente, Padre Luna e Padre França. Das beatas e dos fiéis e devotos levando os quadros de santo para “Benzer”, dos frascos de água benta e da festa que era o domingo de ramo. Dos tempos estudantis do colégio paroquial. Dos grupos de jovens e escoteiros.

Dos artistas mambembes do meio da feira, dos cantadores de viola, do circo dos irmãos: Fuxico, Enoque pintor e Lurdes Bom-Conselho. Dos parques de diversão, do pau de sebo, das quadrilhas juninas do Araçá, do café da estação de Maria Rocha, do pastel de Vicência Marcel, da banda de Esmerindo cabrinha, dos banhos de rio na barragem do Salgado quando não havia ainda a ponte. Das matas fechadas e da safra das frutas.

Das histórias de jagunços e cangaceiros que nos contavam. Das estórias de trancoso e da lenda de Vicente Finim que nos causavam medo. Das inesquecíveis noites de natal e dos folguedos juninos. Das antigas festas no pátio da igreja e na ABA. Das novenas de maio e das renovações festeiras nos sítios e na cidade. Dos forrós de pé-de-serra sob as músicas de Abdias, Messias Holanda, Marinês, Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga, Trio Nortista e Nordestino e tantos outros artistas do povo que ouvíamos pelo rádio, alto-falantes dos parques e a difusora da cidade.

Dos namoros sem maldade no banco da pracinha e das tertúlias caseiras ao som da radiola de discos. Dos jogos do Maguari dos sapateiros, do Ceará de Jarim Barros, do Santos de mundinho Padeiro e do 15 de julho do Dr. Bastim. Do patronato e da escolinha de Socorro Araripe. Da antiga Cnec que funcionava no casarão do cel. Xavier. Dos belos desfiles da miss aurorense – a rainha do município, das imortais paradas de 7 de setembro. Da fila para cantarmos o hino na escola. Do catecismo para a primeira comunhão. Do romantismo escolar dos educandários. Das revistas em quadrinhos e de mulheres peladas que escondido, olhávamos no banheiro com medo de uma surra quando fôssemos pegos.
Saudades de antigos profissionais: barbeiros, sapateiros, chapeados, alfaiates, botadores de água, vendedores de lenha em jumentos, das lavadeiras e engomadeiras de roupas com ferro de Brasa. Das parteiras que muito chamavam de cachimbeiras, seleiro, rezadeiras, ciganos, doidos viajantes, raizeiros, flandeiros, açougueiros em suas bancas de carnes espalhadas pelo velho mercado. Enfim, saudades das figuras populares que marcaram, tanto quanto algumas autoridades, a vida cotidiana da nossa cidade. Saudades dos ébrios clássicos. Dos conhecidos freqüentadores do cabaré da beira da linha e suas “raparigas” valentes a que todos conheciam pelo nome.

Saudade dos farmacêuticos (os médicos daquele tempo) e dos dentistas práticos com seus temíveis alicates quase similares aos que serviam para o conserto do motor da luz. Saudade dos agentes da estação, do som do velho telégrafo, do toque do sino e do apito do trem depois da passagem do corte grande. Saudade dos primeiros automóveis: do gordinho, aerowillis, do jipe, da rural, do velho caminhão à manivela, do misto da feira, do fusca e do maverick disputando espaço pelas ruas estreitas com as carroças, carro de boi e os cavalos baixeiro dos fazendeiros potentados.

Lembranças das narrativas tristes de assassinatos históricos, dentre os quais do farmacêutico quem matou a esposa(em defesa da honra) e foi absolvido, da mátir Francisca que foi barbarizada, bem como do coronel Izaías Arruda no trem da feira pelos irmãos paulinos, caindo em seguida na pedra da estação. Da trama de Lampião junto com seu bando na Ipueiras com vistas a invasão de Mossoró. Do célebre fogo do Taveira. Das acirradas disputas eleitorais, da festa do nosso 1º centenário marcado pelo discurso eloqüente do ínclito literato do Cariri - Joarivar Macedo. Saudade dos quadros de Aldemir, das esculturas de Nego, dos versos perfeitos de Serra Azul. Da malhação do Judas, das rezas da semana santa, das estórias de botijas, alma penada, crimes e castigos. Dos improvisos literários do vate Dantas Quesado, das narrativas de Hermenegildo, dos anos áureos da Cooperativa instigado pela produção do ouro branco – o algodão.

Do ciclo da rapadura, do milho, da oiticica, dos antigos cambistas do jogo do bicho, dos vendedores de loterias e dos valentes admiradores do comunismo histórico, escondidos em seus encontros políticos distribuindo O Democrata: seu Biró, Vicente Ricarte do Araçá, Seu Gonzaga e tantos outros camaradas admiradores de Lênin, Grabois, Ever Hosxa, Brizola e Fidel Castro.

Saudades das bancas de bugigangas da feira-livre, da garapeira do seu Sinhô, das comidas caseiras, dos bolos de milho e de puba na palha de bananeira e de cordéis de José Bernardo. Da festa da sociedade da ABA, das viagens de trem ao Juazeiro. Dos antigos e inolvidáveis cafés de Sabina, Zé Quinze, Maria Secundina, Terezinha de Américo, Chiquinha, Dona Fransquinha e Miriam... Saudades dos velhos marchantes, carroceiros, donos de engenhos, dos vendeiros e botadores de águas e de lenha com seus feixes em lombos de jumentos. Dos guarda-chaves da estação, dos guardas noturnos – Inspetor de quarteirão - , dos cambiteiros e cortadores de cana, dos antigos canaviais adornando a paisagem da Aurora.

Dos banhos no rio, das safras de frutas maduras, dos peixes das invernadas, das enchentes do Salgado, das cheias dos açudes, das época de secas, das frentes de emergência, dos bodegueiros de antigamente, das festas dos casamentos na matriz, do cinema e da escola do Círculo Operário, da meninada gritando com o palhaço da perna de pau, do futebol de várzea, das brincadeiras de rua, do bate-papo das pessoas todas as noites pondo suas cadeiras nas calçadas, das antigas residências enjardinadas, quando não havia ainda o medo da violência e dos ladrões do mundo.
Saudade das ruas de terra, das casas de tijolos de piso liso e da periferia de taipa de chão batido, dos vendeiros pelas portas, das pessoas carregando água na lata e no galão. Da venda de comida na pedra da velha estação. Do pote ou da Cantareira. Do rádio de pilha. Da penteadeira, do sabor das comidas caseiras e da música sem apelação prenhe de romantismo, poesia e emoção.
Tudo o mais agora em Aurora é só saudade. Todo o resto é pura lembrança e solidão, além de uma imensa vontade de voltar ao passado, rever novamente todas estas coisas, as pessoas e os amigos de um tempo ido que não volta jamais.

José Cícero
Secretário de Cultura
Aurora-CE.
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quinta-feira, 21 de julho de 2011

AURORA EM FOCO...

ARTE Aurorense: Um pouco mais de nós...

Mestre Antônio Pinto - O Rabequeiro

Antonio Pinto Fernandes, nascido no Sítio Cobra município de Aurora em 18 de Outubro de 1922, é agricultor, carpinteiro e luthier. Reside na sede de Aurora, no Cariri Cearense(bairro SãoBenedito/Aurora Velha), é casado com dona Galega, ou como é mais conhecida “Dona Galega do Carvão”, por seu trabalho de vendedora de carvão.
Homem engenhoso e criativo por necessidade e por natureza. Seu pai José Pinto Fernandes, pedreiro e também carpinteiro, além de muitas outras artes, dominava o ofício de fazer e tocar rabeca. Possuía uma pequena forma, que servia de molde para fabricar os instrumentos.

Com uma das rabecas feitas pelo pai, mestre Antonio, ainda criança, foi pro mato munido apenas de um facão (nada adequado para sua idade), e lá aprendeu a construir suas rabecas. Foi aperfeiçoando seu ofício de forma intuitiva, utilizando o que tinha nas mãos e por vezes “emprestando” as ferramentas do pai.

A Rabeca

Mestre Antônio morou por um período em Minas Gerais, e apesar de dizer que não conheceu rabequeiros por lá, suas rabecas possuem uma semelhança muito grande com as produzidas naquele Estado no que diz respeito ao tamanho e formato. Algumas peculiaridades também diferem suas rabecas das demais encontradas no Ceará, como por exemplo, o estandarte feito de chifre de boi, ou o rabicho (peça que prende o estandarte) feito de metal de maçaneta de porta. Na região do Cariri normalmente o estandarte é feito de madeira e o rabicho de corda, arame ou couro.

Suas ferramentas são uma obra de arte a parte: ele mesmo as constrói e as reinventa, adequando às suas condições e necessidades. Um bom exemplo é de uma máquina de costura velha que ele desmontou e fez uma tico-tico (foto ao lado), trocando a agulha por uma lamina de cortar madeira; ou uma lixadeira feita a partir de uma lata cheia de furos presa à um motor de enceradeira. Ainda utiliza facas velhas e tesouras que passam a ter outras funções na sua oficina.

A madeira usada por ele é o cedro. Suas rabecas são de “cocho”, possuem alma e tem 4 cordas (de aço para violão). Pode ser considerada grande, tanto no comprimento (62 cm) quanto na largura do corpo, tendo como características um som cheio e grave. As cravelhas e o cavalete são de madeira escura e dura. A lateral é cortada com sua tico-tico, formando uma peça única; o tampo superior é cavoucado com formão até ficar com o formato abaulado; a voluta de seu instrumento é esculpida com uma pequena tesoura ou faca velha; os arcos possuem uma cravelha na parte inferior para regular a tensão da crina (utiliza a crina de cavalo).

Tem preferência pela cola de couro, mas devido à dificuldade encontrá-la, atualmente usa cola branca. O acabamento é dado com verniz sintético ou goma laca também chamado de “casca de barata”.

O Mestre já foi um exímio tocador, levantando poeira no baile até o dia amanhecer. Hoje quase não toca, mas depois de alguns pedidos ele ainda arrisca uns forrós. Ganhou o título de “Mestre da Cultura” concedido pelo Governo do Estado do Ceará. Alguns de seus filhos moram em Juazeiro, empregados numa madeireira. Lidam diariamente com a mesma matéria prima usada por Mestre Antônio, mas nenhum deles seguiu os passos do pai.

Fonte:http://www.rabeca.com.br/site/interna.
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quarta-feira, 20 de julho de 2011

QUAL O MAIOR DOS MENTIROSOS?

Por José CíceroQual o maior dos mentirosos?
Aquele que ao mentir para todos os demais e todo o resto, termina inapelavelmente por enganar a ele próprio. Vítima do seu próprio invento todo mentiroso é um suicida e, por conta deste seu proceder idiota, um literal defunto.

Um cadáver andante. Um morto-vivo inutilizado deliberadamente para a ética e a moral que rege o mundo. Um imenso vazio de confiança e de verdade. Mas ele sonha a todo custo ser político. Uma liderança... Um singular espécime de sociopatia : uma doença.

Ademais, de tanto fazer uso do expediente espúrio da mentira, de algum modo estranho e bizarro, como por castigo, passa a acreditar naquilo que criou enquanto embuste. Toda a mentira é seu trunfo. Um indolente sofrendo por si mesmo as dores oriundas dos seus pecados inomináveis.

Razão pela qual, diria que todo mentiroso é um moribundo em seus percalços tristes. Uma criatura a precisar da caridade alheia e da extrema-unção do padre. Mas no fundo, digamos ainda que todo e qualquer mentiroso é um plantador de espinhos e de discórdia onde quer que ande. Um desumano covarde e, que por isso mesmo, não pode ser digno sequer do nosso desprezo ou piedade. E o que dirá do nosso voto. Uma pá de cal como um último tiro de misericórdia nas suas pretensões ignominiosas a envergonhar a própria raça.

O mentiroso por definição e por princípio é um babaca. Um ingênuo. Um abestado testando em si mesmo todo o processo da auto-enganação. Um condenado à masmorra das mentiras que ele próprio criou sob o cinismo e a hipocrisia das suas mãos e gestos.

Diante de todos, é ele próprio, a primeira vítima em potencial do seu veneno. Um literal exemplo do fogo-amigo.
O curioso é como ele consegue acreditar nos seus próprios sentimentos, diante do ludibrio e da mentira que tanto cria, consome e inventa todos os dias da sua existência?
Esquecendo de que a mentira como todos o sabem, ‘tem perna curta’.
Mas, convenhamos, todo mentiroso é um otimista. Ele consegue acreditar piamente no engodo e na inverdade que ele próprio edifica sob os olhos dos que acreditam em papel Noel. Mas, digamos que o mentiroso é um gentman. Um guardião de todas as invencionices que existem.

Ele é mau e bonzinho a um só tempo na frente de todos. Sorri com a face e trinca os dentes do coração por dentro. O mentiroso é um artista – ator do seu próprio teatro do absurdo. O canastrão da peça que todos os dias ele próprio escreve e encena por si mesmo. Pobre mentiroso que sofrivelmente todo santo dia terá que matar um leão a fim de sustentar a sua farsa. No entanto, vive a duras penas, das suas ilações baratas.

Admiro e tenho pena desses indivíduos. Peso-morto do planeta e da história humana. Todo mentiroso é um algoz de si mesmo. Finge sorrir por fora e sofre por dentro, diante dos desejos que na fogueira das vaidades mais extremas queima seu âmago com se fosse o próprio fogo dos infernos de Dante Alighieri.

O mentiroso é um fenômeno de público. Um recordista. Um visionário. Um covarde. Um bicho perigoso. A que todos deveriam está protegido deste incauto ilusionista da fauna humana e do espetáculo da vida..
O mentiroso no fundo, não consegue viver em paz com seu espírito. O mentiroso sequer consegue ser leal e ser amigo dele próprio. O mentiroso é uma sombra a nos perseguir pelo mundo adentro, onde que andemos ou nos escondemos dos seus tentáculos.
Finge ser bonito e elegante diante dos espelhos. Finge ser rico e forte. Ser um líder político admirado pelo povo. Um palhaço, um artista da desfaçatez. É candidato a tudo menos a ser leal e autêntico consigo mesmo e com nós outros.

O mentiroso é um criminoso – um crápula, algo que se mantém o tempo todo, na contra-mão da história. A marcha-ré dos fatos. Um fantasma teimoso querendo ser coveiro da verdade e da mansuetude da vida.
Meu Deus, mas como mente e como sofre penosamente um mentiroso! Todo mentiroso é fraco e débil. Todo mentiroso é perigoso e ingênuo. Todo mentiroso merece ser enterrado vivo e quando morto ser comido aos pedaços pelos abutres ou pelos vermes da elite – os outros urubus da sociedade, seus amigos -, cuja mentira é um capital, um investimento das bolsa de valores do capitalismo argentário.

A propósito, se você é o suposto mentiroso deste texto, e a carapuça te cabe por direito; pense daqui em diante no que você inventou recentemente e, à guisa de verdade, mesmo sabendo que é mentira – veja finalmente se você não está de fato acreditando demais neste mentira que criaste para si.
No fim da cena, o pano irá cair e você por fim perceberá que nenhuma mentira consegue durar para sempre. A multidão é uma invenção estética da sua mente pródiga. A platéia que você espera te aplaudir com frenesi não passa de uma grande farsa, uma ficção miraculosa. Uma miragem no deserto da tua ilusão mastodôntica. Veja rápido se avalie por dentro porque o tempo urge...

Afinal de contas, nada na vida é para sempre. Tudo o que nasce ou se cria é para morrer qualquer dia. Mas, democraticamente todo mentiroso tem o direito de mentir o que quiser, mas só para si mesmo.

- Pensou? Refletiu sobre a sua mentira escabrosa mais recente?

Agora, só o que te resta é se enforcar com a tua falsa pompa e prepotência na própria corta da tua liberdade que te resta. Mas antes nos diga:

– quanto valerá uma mentira? Qual seu preço? Protagonista supremo da invencionice de um teatro e uma ópera-bufa...
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José Cícero
Secretário de Cultura

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Foto: Da Internet

terça-feira, 12 de julho de 2011

'O Último Apito' trata do desmonte do sistema ferroviário

Rusty train 2
O Último Apito é um filme-documentário produzido pelo cineasta Aderbal Nogueira. Nas palavras do secretário de Cultura de Aurora, José Cícero, trata-se de uma produção "simples, mas não um filme simplesmente... Aqui reproduzo boa parte do artigo, que faz uma referência nostálgica aos bons tempos dos trens cortando as ferrovias do Estado e, particularmente, o Município de seu coração: Aurora. O que deixou de ser uma mera lembrança de um passado feliz é também uma denúncia sobre o descaso com a ferrovia, em que o descaso fez mergulhar esse sistema de transporte no sucateamento e, por fim, no total desmonte.
Aqui reproduzo trechos da crítica apaixonada do intelectual e pesquisador do cangaço:

"Um grito a romper o silêncio cômodo de uma história que ainda não terminou. Um contributo à preservação da memória histórica de toda uma geração de ex-ferroviários – bravos guerreiros, assim como de todos aqueles que de algum modo superlativo tiveram uma parte significativa das suas vivências ligada ao antigo cotidiano das estradas de ferro. Uma saga do povo cearense...
Um filme que nos comove e convida a pensar diferente, ao passo que também instiga a nos indignar diante das circunstâncias até hoje mentirosas que supostamente levaram a interrupção do transporte ferroviário do nosso Estado. Um retrato fiel da realidade de abandono em que está relegado todo o patrimônio ferroviário (material e imaterial), algo que nos dói no fundo da alma. Um filme que desnuda por si mesmo uma verdade ainda hoje, um tanto quanto, inconveniente e há muito escondida. ‘O último Apito’ é, em suma, um grande presente e uma homenagem que se faz à memória histórica e afetiva do povo cearense em geral e aos ferroviários em particular.
Com um título dos mais sugestivos, daqueles, cujos vocábulos já dizem muito - Um tanto além da mera expressão lídima do termo. “O último Apito”: não é somente um filme simplesmente. Mas, diria que quase uma ferroada de maribondo-de-chapéu na ânsia(quem sabe) de acordar a todos do sono letárgico em que estivemos submetido por anos a fio. Diante deste verdadeiro esbulho que foi(e continua sendo) a destruição do nosso rico patrimônio ferroviário.
Um documento em movimento que aborda de modo realista e sentimental um pouco da história da estrada de ferro e das antigas estações ferroviárias do Ceará adentro, agora relegadas ao mais completo estado de abandono (quando ainda não foram demolidas). Uma cocha de retalhos memorialistas, composta de relatos fidedignos e comoventes de ex-ferroviários e de outros pesquisadores convidados. Um filme com a cara da nossa históriade luta que tem a capacidade de mexer profundamente com nossos sentimentos mais recônditos. Insisto: Não apenas um filme simplesmente... Mas um libelo de um crime de lesa-pátria e de lesa-história.
Inteligentemente o nobre diretor Aderbal Nogueira, cujo avô foi ferroviário e morara inclusive, na década de 20 em Aurora, coloca além da temática central, algumas capilaridades, tais como a história do célebre coronel Izaías Arruda e o seu notório assassinato na estação do trem de Aurora. A ele agradeço pelo convite de também ter tido a honra de participar deste filme como um dos seus pesquisadores entrevistados.
Devo confessar que ao assistir os depoimentos e o choro de alguns dos personagens reais do documentário eu também me emocionei desmedidamente. Posto que também nasci e adolesci praticamente correndo, brincando e jogando bola à margem da linha férrea na minha antiga Missão Velha. De tal sorte que posso afirmar que quase tudo no meu tempo de menino estava de certo modo ligado as idas e vindas do velho trem. Minha casa, minha escola, meu campinha da várzea, as brincadeiras de esconde-esconde tinham como cenário maior a estação e os comboios ferroviários. O gesso, o açúcar, o combustível que nós aparávamos para depois pôr nos candeeiros, os grandes pregos dos dormentes, os bigus nos troles, a verdadeira feira-livre de bebidas, comidas típicas e guloseimas que todos os dias se formavam na “pedra” da estação. As águas dormidas das quartinhas e a famosa macaxeira a que todos diziam ser do cemitério(quiçá por isso era tão saborosa). Uma verdadeira festa! Um acontecimento social de fato, inesquecível... Um grande encontro dos mais democráticos. Uma saudade que ‘O último Apito’ agora nos traz de volta na mais absoluta das realidades.
O trem passava literalmente duas ou três vezes por dia pelo meu quintal. De modo que esta história faz parte da minha memória afetiva. Quem viveu aquele tempo e não é de ferro, não tem como agüentar impassível as imagens e as narrativas trazidas pelo “o último Apito”. Por tudo isso, presumo ser impossível não sermos tocados por essas lembranças após assistirmos um filme deste naipe, tão realista, tocante, audaz e cativante.
‘O último apito’ é um espinho de mandacaru tocando fundo o nosso passado e as nossas recordações mais sentidas de um tempo bom e romântico que não volta mais... Por fim, um filme que, forçosamente teremos que assistir por mais de uma vez. Um passado que não passa..."
Fonte: http://sobrearte-marcuspeixoto.blogspot.com
Do Blog do 'Sobrearte' do Marcus Peixoto

domingo, 10 de julho de 2011

Filho de Aurora - Fundador de Cidade no MT

30 anos de história pioneirismo e dedicação em prol de Guarantã do Norte.
Vamos saber um pouco mais sobre estes trinta anos deste fundador de nossa cidade - o Ex- Prefeito - Zé Humberto.

José Humberto Macêdo é o terceiro filho dos 10 que tiveram Francisco Landim de Mecêdo e Zaide Torquato Macêdo (in memorian), nasceu em Aurora Ceará em 04 de dezembro de 1951. Aos nove anos de idade a família mudou-se para Cajazeiras, Paraíba, para facilitar os estudos dos 10 filhos.

Em Lavras da Mangabeira CE, José Humberto cursou o primeiro ano do curso de técnico agrícola. Aos dezesseis anos foi transferido para o Colégio Agrícola Idelfonso Simões Lopes na cidade de Campo Grande RJ ligado ao campus universitário da UFRRJ. No Rio concluiu o curso técnico e ingressou na Faculdade Federal do Rio de Janeiro no curso de agronomia.

Em 03 de março de 1973 aos 21 anos de idade José Humberto consegue um contrato de estagiário como técnico agrícola no INCRA. Pela contratação o jovem estagiário foi designado para trabalhar no Projeto de Colonização, Bernardo Saião, no estado de Goiás.Três meses após a contratação como estagiário, José Humberto foi designado executor do referido projeto que veio a ser emancipado no ano de 1979.

Após a emancipação do Projeto de Colonização Bernardo Saião, o presidente do Incra Paulo Yocota pediu a José Humberto que visitasse os estados do Acre e Rondônia, para escolher onde ele queria trabalhar. Antes mesmo de José Humberto escolher, surgiu o Projeto de Colonização PAC Peixoto de Azevedo. O presidente do INCRA, com o surgimento do novo projeto, designou José Humberto para executor deste projeto que seria implantado em parceria com a cooperativa COTREL do Rio Grande do Sul.

Em novembro deste mesmo ano, José Humberto vem conhecer a área onde iria desempenhar sua nova missão. No dia 02 de fevereiro de 1980 ele chega em definitivo na região onde fora recebido pelo Jovem Davi Menegon e um servidor do INCRA que se encontrava na região.

A chegada do executor aqui, foi bastante complicada, a chuva não parava de cair e os alagamentos eram intensos, a empresa ENCO que fora contratada pelo INCRA para fazer a topografia e abrir as estradas não tinha disponível aqui a estrutura para realizar os serviços necessários e urgentes. O engenheiro do INCRA que já se encontrava aqui estava hospedado na Fazenda Cachimbo. Os serviços de topografia e abertura de estradas estavam atrasadíssimos e a estrutura da empresa contratada estava longe de ser suficiente para atender as necessidades. Foi eleito o 1º prefeito do município...(...).

Guarantã do Norte é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Localiza-se a uma latitude 09º47'15" sul e a uma longitude 54º54'36" oeste, estando a uma altitude de 345 metros. Sua população estimada em 2005 era de 32.940 habitantes.

Localizado a 725 quilômetros de Cuiabá, o município de Guarantã do Norte, nome escolhido por existir na região uma espécie de árvore conhecida por esse nome, nasceu de um assentamento agrário pelo Incra e pela Cooperativa Triticula.

Por: www.portalguarantadonorte.com.br/noticias.cfm

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Chaves e Sua turma... O que não faz o tempo?!

40 anos: saiba como estão os personagens do seriado Chaves


Há quarenta anos, surgia na televisão mexicana o seriado infantil mais visto no mundo: “El Chavo del Ocho”. No Brasil, a história de um garoto pobre, órfão que vive em um barril e das mais variadas figuras que moram na vila, ficou conhecida como “Chaves”.

O humorístico, que estreou na tela do SBT em agosto de 1984, agradou a garotada da época e conquistou novos fãs por todo o país. Durante este tempo, “Chaves” acabou se tornando uma “arma” para alavancar a audiência da emissora paulista, que exibi diariamente, de segunda à sexta-feira, a partir das 18h, o seriado.

Mas como será que anda a vida dos personagens do seriado? O Blog da Janga procurou saber e conta agora como estão vivendo os artistas que continuam, até hoje, divertindo a garotada.

Vida dos personagens:

Depois de 27 anos convivendo juntos, Roberto Gómez Bolaños casou-se com Florinda Meza, a atriz que interpretava Dona Florinda. Ele tem 6 filhos do primeiro casamento, mas nenhum com Florinda por ter feito vasectomia. Em 2010, foi noticiado que Bolaños estaria deprimido devido a várias cirurgias que fez, uma delas para evitar o câncer de próstata. Atualmente, notícias mostram que ele está bem de saúde. Roberto e sua esposa compraram uma casa em Cancun e moram com 3 cachorros, a qual pensam lançar uma ONG para resgatar cães de rua. Em 28 de Maio de 2011, Chespirito abriu uma conta no twitter, que atualmente é seguido por quase 600 mil usuários.

Carlos Villagrán nasceu em 12 de janeiro de 1944. É conhecido como Pirolo, pois antes de atuar em Chaves, tinha um personagem com esse nome. No ano de 1979, Carlos Villagrán deixou o elenco de Chaves e foi trabalhar na Venezuela. Atualmente, ele tem 67 anos e vive com seus seis filhos e sua esposa na Argentina, onde faz pequenos trabalhos, inclusive com o persongane Kiko, e desfruta de toda sua fortuna acumulada.

Em 1995, Antonieta passou a fazer a série "Aquí está la Chilindrina", com apenas 20 episódios que foram reprisados em 5 anos - o que rendeu a ela um processo judicial movido por Roberto Gómez Bolaños, uma vez que Bolaños detinha os direitos autorais da Chiquinha. Antonieta acabou obtendo os direitos autorais da personagem. Antonieta sofreu um infarto em 2002, mas conseguiu se recuperar e atualmente está com boa saúde. Até 2003 foi proprietária de um circo, e atualmente é atriz de telenovelas. Fez também uma pequena aparição no seriado "Skimo", da Nickelodeon.

Edgar Vivar, era médico antes de se tornar ator. Em 1970, Edgar Vivar foi convidado por Roberto Gómez Bolaños para participar de seus seriados, onde ficou até o final, em 1995. Porém em 1992, teve que se afastar temporariamente do Programa Chespirito para tratar da saúde e fazer um tratamento para perder peso. Edgar Vivar fez redução estomacal e emagreceu 70kg.

Com o fim definitivo das gravações do programa Chespirito, em 1995. Aguirre produziu neste mesmo ano o programa "Ahi esta la Chilindrina", que estrelava a personagem Chiquinha, interpretada por María Antonieta de las Nieves. Desde 1976, Rubén é proprietário de um circo, "El Circo del Professor Jirafales", aproveitando que os direitos autorais de seu personagem não pertencem a Chespirito. Alcançou bastante sucesso na Argentina, mas a imprensa mexicana divulgou rumores negativos sobre seu estado de saúde: ele estaria bastante obeso e deprimido. O ator, hoje com 72 anos, está falido. Ele teria gasto suas economias depois de um acidente automobilístico que exigiu que sua esposa, Consuelo Reyes, passasse por diversas cirurgias para reconstituir as pernas.

Florinda Meza já produziu e atuou em telenovelas e também é diretora de TV. Ela também teve um romance com Carlos Villagrán, que interpretava o Quico, antes de se casar com Bolanõs. Dizem que graças a ela, Roberto Gómez Bolaños e Carlos Villagrán deixaram de se falar e não mantiveram nenhum contato por 20 anos, até se encontrarem novamente em uma homenagem feita pela emissora Televisa ao mestre Chespirito. Hoje em dia, Florinda Meza vive no México com o seu marido e ainda é atriz, mas se dedica mais à sua vida com Bolaños, pois abriu mão da maternidade ao se casar com Bolaños.

Fonte: jangadeiro online - Blog da Janga, Destaques, SBT
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segunda-feira, 4 de julho de 2011

ERA UMA VEZ O 'ROMÃOZÃO'...

Por José CíceroRomãozão em dia de jogo. Abaixo fotos antigas do 15 de julho de Dr. Bastim e do Santos de Mundinho padeiro.

Era uma vez um antigo campo de futebol do bairro Araçá. Seu nome: Romão Sabiá – ‘O Romãozão’. Sua toponímia representava uma singela e merecida homenagem dos próprios desportistas aurorenses ao então proprietário do terreno que havia mais de cinco décadas franqueado à população, quando a expansão urbana do Araçá começou pela primeira vez a engolir o remoto campo anterior que na época situava-se no quadrilátero onde agora está edificado a agência do INSS.

O antigo Romãozão do Araçá não existe mais. Está agora a integrar o rol das nossas melhores saudades. O ‘romãozão’ agora não passa de uma bela lembrança retumbando forte e intermitente dentro de cada um nós, como o zumbido estridente de uma cigarra a ecoar pelos dias adentro.
Acossado pela voracidade do crescimento urbano e pela especulação imobiliária, assim como o seu antecessor, o ‘Romãozão’ de Aurora não resistiu. Dera-se vencido ao carrasco devorador de tudo - O dinheiro - que às vezes constrói, mas que também destrói coisas belas.

Não teve jeito, o “Romãozão” foi vendido incontinenti. Seu espaço ficou valorizado em face de está bem ao lado da monumental construção da Escola Técnica, cuja inauguração está prevista para breve. Daqui a pouco virará também um canteiro de obras. Máquinas pesadas mudaram a sua velha face e até mesmo a sua topografia original. Seu terreno foi cortado, rebaixado e aterrado em outros pontos. Seu espaço está sendo loteado, vendido aos pedaços para a construção de residências e prédios comerciais. Tudo á serviço do crescimento urbano e do capital financeiro.

No local onde um dia o futebol de Aurora floresceu e desfilou seus craques, agora serão construídas moradias e outras coisas do gênero. A frieza do concreto armado ocupará todos os espaços milimétricos onde um dia, por anos a fio, correu a bola. Onde grandes craques ensaiaram seus primeiro passos na velha utopia de fazer sucesso nos gramados do Cariri e do mundo inteiro.

Uma baixa arena onde renomados atletas d’Aurora e praticantes ocasionais de finais de semana concretizaram seus dribles. Marcaram seus gols, dando corpo a alegria e a emoção de um lance perfeito e uma jogada inesquecível na direção do gol. A emoção dos antigos anos, agora foi cortada em sua carne viva como que com peixeiras amoladas de açougueiros.

O “Romãozão agora é uma saudade imensa a nos transportar além do tempo. Como imenso era o seu espaço destinado aos amantes do futebol amador: jogadores e torcedores vibrando, gritando, xingando e vivenciando na máxima alegria e com lágrimas nos olhos o momento eterno da emoção de ver a bola balançando os fundos das redes adversárias. Aquilo que poderíamos chamar indefinidamente de “instante eterno”, mesmo sendo efêmero como gotas de uma felicidade a se renovar em cada jogo de todos os finais de semana e feriados.

Quantas partidas memoráveis... Quantas jogadas, quanto lances, quantos gritos de gols. Quantos momentos inesquecíveis ocorreram no ambiente festivo e alegre do velho “Romãozão”? Quantas histórias e estórias tiveram como palco o espaço do velho campo.

Quantas disputas acirradas. Quantas decisões. Quantos duelos. Quantas equipes da terra e de fora. Quantos causos ainda hoje são contados... Quantos atletas famosos de Aurora e da região desfilaram seus exímios dotes no chão do nosso querido “Romãozão”?.

Quantos famosos jogadores e ilustres desconhecidos pisaram o solo imortal do velho campo do Araçá: Dr. Bastim, Zé Grande, Simião, Zé Jorge, Pardão, Pedóca, Marinho, Tadeu, Deca Barros e tantos outros grandes jogadores do nosso passado. Nomes como: Camarão, Liro, mestre Hélio, Vicente Isbreck, Leite, Pocino, Semião, Marcos, Dr. Antonio Monteiro, Genésio, Pato, Arimatéia, Pedrão, Déo, Maurício, Petereca, Fantiquinho, Lary Pinto, Borracha, Odilio, Mundinho, Gerson Grande, Marcos, Galegão dentre muitos outros que, inclusive chegaram a pontuar no futebol profissional. Levando assim o nome de Aurora ao além-fronteira por conta da grande contribuição do velho “Romãozão”.

Um manto sagrada e invisível deve está agora a envolver todos os quadrantes deste espaço(agora descampado) onde um dia existiu o inolvidável Romão Sabiá do Araçá – um verdadeiro monumento da nossa história futebolística que viverá para sempre. Uma lembrança, cuja memória permanecerá eternizada em todos quantos de algum modo, viveram direto ou indiretamente a mágica do nosso futebol.

Numa época em que pouca ou quase nada tínhamos de diversão popular e entretenimento social, o “Romãozão” aurorense possibilitou grandes instantes de descontração esportiva. Acontecimentos que hoje não têm preço...Uma memória histórica e afetiva sem tamanho.

Era, por assim dizer, um espaço dos mais sadios e democráticos onde, ao contrário do meio social de outrora, não havia qualquer forma de discriminação. No “Romãozão” todos se tornavam iguais (pelos menos por 90 minutos) por força da magia proporcionada até hoje pelo futebol.

No “Romãozâo” todos permaneciam no mais absoluto pé de igualdade em nome da alegria e da emoção da vitória; toda ela expressa no grito de gol. Num lance de classe efetivado com a maior e mais exuberante das maestrias. Um passe, um lançamento perfeito, uma ginga, uma matada no peito. Um chute forte e direto no ângulo ou rasteiro. Tudo em seguida, resultando no grito de gol... Uma festa. Uma comemoração a que todos os demais se contagiavam de inusitado entusiasmo. Uma verdadeira apoteose que se abatia até por sobre aqueles que sequer assistiram a peleja festejada com gritos, palmas e fogos de artifícios na beira do campo e pelas ruas.

A memória do velho “Romãozão” d’Aurora é tão forte que mesmo com toda a modernidade do novo estádio jamais nos esqueceremos dele...

Viva o “Romãozão”! E que ele viva para todo e sempre nas nossas mais agradáveis recordações. Porque o 'Romãozão' é uma grande história. Uma história construída e protagonizada por gente do povo e, que por isso mesmo, não haverá de morrer nunca.
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José Cícero
Secretário de Cultura, Turismo e Esporte
Aurora - Ce.
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sábado, 2 de julho de 2011

Eleições 2012 - TSE Aprova Calendário Eleitoral

SessaoTSE-480

O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, na noite desta terça-feira (28), o calendário eleitoral referente às eleições municipais de 2012. O pleito será realizado no dia 7 de outubro, em 1º turno, e no dia 28 de outubro, nos municípios onde houver a necessidade de 2º turno. O calendário traz as principais datas a serem observadas por eleitores, partidos políticos, candidatos e pela própria Justiça Eleitoral. Em 2012, os eleitores vão eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em mais de 5,5 mil municípios brasileiros.

Principais datas

07 de outubro de 2011 – Todos os partidos que quiserem participar das eleições devem ter obtido registro no TSE. O prazo é o mesmo para os candidatos que pretendem concorrer estarem com sua filiação partidária regularizada, e terem como domicílio eleitoral a circunscrição na qual pretendem disputar mandato eletivo.

02 de janeiro de 2012 – Os institutos de pesquisa ficam obrigados a registrar seus levantamentos. Também a partir desse dia, a Administração Pública fica proibida de distribuir bens, valores ou benefícios gratuitamente, a não ser em situações excepcionais.

09 de maio de 2012 – Termina o prazo para que o eleitor possa requerer inscrição eleitoral ou transferência de domicílio. Neste mesmo dia termina o prazo para que o eleitor com deficiência ou com mobilidade reduzida peça transferência para uma seção eleitoral especial.

10 a 30 de junho de 2012 – Período destinado às convenções para escolha dos candidatos. Nesse período, emissoras de rádio e TV estão proibidas de transmitir programas apresentados por candidato escolhido em convenção.

Até 5 de julho de 2012 – Data limite pára registro dos candidatos, pelos partidos ou coligações. No dia seguinte, passa a ser permitida a realização de propaganda eleitoral, como comícios e propaganda na internet (desde que não paga), entre outras formas.

Até 18 de julho de 2012 – Data limite para a impugnação, seja por adversários, partidos políticos, coligações ou pelo Ministério Público, do registro dos candidatos.

6 de agosto de 2012 – Os candidatos devem apresentar à Justiça Eleitoral, para divulgação pela internet, relatório dos recursos recebidos para financiamento da campanha eleitoral: a primeira prestação de contas parcial.

A partir de 21 de agosto de 2012 – Começa a propaganda eleitoral gratuita na rádio e na TV

Até 6 de setembro de 2012 – Data limite para a segunda prestação de contas parcial deve ser apresentada por candidatos e partidos políticos.

Até 19 de setembro de 2012 – Data limite para a lacração dos programas-fonte, executáveis, arquivos fixos, de assinatura digital e chaves públicas, utilizados nas urnas eletrônicas.

4 de outubro de 2012 – Três dias antes da realização do pleito, encerra-se a propaganda eleitoral gratuita na rádio e na TV. Na mesma data se encerra o prazo para propaganda mediante reuniões públicas ou comícios, e também para realização de debates nas rádios e nas TVs.

5 de outubro de 2012 – Encerra-se o prazo para divulgação de propaganda paga em jornal impresso.

6 de outubro de 2012 – Acaba o prazo para propaganda mediante alto-falantes ou amplificadores de som, bem como para distribuição de material gráfico e promoção de carreatas. 7 de outubro de 2011 – 1° Turno das Eleções 2012

8 de outubro de 2012 – Em municípios onde houver necessidade de segundo turno, a propaganda eleitoral já é permitida.

13 de outubro – Pode ter início a propaganda eleitoral gratuita na rádio e na TV, para o segundo turno, estendendo-se até 26 de outubro.

28 de outubro – 2° Turno das Eleições 2012

6 de novembro de 2012 – Acaba o prazo para partidos e candidatos – exceto os que forem para segundo turno – encaminharem à Justiça Eleitoral as prestações de contas do primeiro. Os candidatos que concorrerem no segundo turno têm até 27 de novembro para prestar contas.

6 de dezembro de 2012 – O eleitor que não votar no primeiro turno tem até esta data para justificar sua ausência ao juiz eleitoral. Quem não votar no segundo turno tem até 27 de dezembro para se justificar.

19 de dezembro de 2012 – Data limite para a diplomação dos eleitos
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Fonte: Site “Icó é notícia” - Yuri Guedes – Colaborador – Com dados do TSE

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Aurora encerra FESTAL JUNINO com recorde de público

Canto do Sabiá é bi-campeã do Festal Junino 2011








Algumas imagens da noite do 3º Festal Junino de Aurora

Com sucesso e elegância AURORA realiza o Festal Junino edição 2011

Com uma participação das mais significativas o III Festal Junino de Aurora quebrou todos os recordes. Superando, inclusive as expectativas de toda a equipe de organização, conforme acentuou o secretário de Cultura José Cícero, assim como também o próprio prefeito Adailton Macedo no momento da sua fala que antecedeu o ato oficial de premiação das quadrilhas vencedoras. O Festal Junino corresponde a um importante Festival de Quadrilhas Juninas que este ano contou com a participação de seis agremiações brincantes sendo três na categoria principal(adulta) e três na categoria intermediária, ou seja, infanto-juvenil, cuja realização ocorreu na noite desta quarta-feira(29 de junho) na praça Santos Dumont(do Monsenhor) no bairro Araçá.

Além das apresentações das quadrilhas, o tradicional evento de São Pedro contou ainda, com show de forró sob as participações de duas bandas da terra: Forró Xoteado e Garotos Bacanas, bem como a participação mais que especial deJoão Bandeira Jr e a banda Bota pra Moer.

O primeiro grupo junino a se apresentar no espaço da praça abrindo oficialmente o III Festal em sua edição 2011 foi a ‘Paixão Junina’ representando Sede, seguida das apresentações de ‘Luar do Sertão’ da comunidade rural de Santa Cruz, tendo na seqüencia a campeã de 2010: 0 Canto do Sabiá composta na sua maioria por alunos do colégio da rede municipal de ensino Romão Sabiá do Araçá.

A praça do Monsenhor, assim como todo o quadrilátero do seu entorno ficaram literalmente lotados de pessoas da cidade dos sítios e distritos, bem como de cidades circunvizinhas. A exibição das quadrilhas infanto-juvenis empolgou a todos os espectadores, assim como a disputa da categoria adulta. Uma disputa das mais acirradas, segundo a opinião dos que fazem a Seculte-Aurora visto que durante todo o mês o clima do festal ocupou as ruas de Aurora.

O corpo de júri do III Festal Junino esteve formado por: Damião Tavares(Presidente) ladeado por 5 jurados: Francisco Jr. de Juazeiro do Norte, a vereadora Leleida de Cachoeira dos Índios-PB, o contador Raimundo Camillo, a jovem Thamires Quezado e a diretora da AFA-Ce., Regina Célia.

Além da grande participação popular, há que se destacar no evento deste ano, todo o esmero da ornamentação e o cenário em que a festa foi ambientada. Estiveram prestigiando o festa, o prefeito Adailton Macedo, a 1ª dama Rose Macedo, o vereador Aderlânio Macedo, a vereadora Iracilda Leite, além dos secretário da Cultura José Cícero, da Ação Social Socorro Macedo, da Agricultura Zé Dácio, de Administração Osasco Gonçalves e de Finanças José Pretinho.

Quadrilhas Infanto-Juvenis que integraram o bloco das exibições sem disputa: Beija-Flor (Araçá), Ceará Junino (da Escola Romão Sabiá) e Raízes do Araçá, ambas receberam além de troféus uma bonificação em dinheiro no valor de R$ 300,00.

Resultado do III Festal Junino edição 2011:
1º Lugar: 'O Canto do Sabiá' (Colégio Romão Sabiá), com 992 pontos – agora bi-campeão do festival recebendo a premiação de R$ 3.000,00 + troféu e uma ajuda de custo de R$ 1.000,00.

2º Lugar:
'Paixão Junina' – com 925 pontos recebendo como premiação R$ 2.000,00 + troféu + ajuda de custo no valor de R$ 1.000,00.

3º Lugar: 'Luar do Sertão' do Sitio Santa Cruz, com 691 pontos recebendo como premiação (R$ 1.000,00 + troféu + ajuda de custo no valor de R$ 1.000,00.
Também foram premiados os destaques individuais das quadrilhas participantes com a quantia de R$ 100,00 + troféu cada um. A saber:
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Destaques individuais (Premiação de R$ 100,00) Melhor Marcador: Canto do Sabiá (R$ 100,00 + troféu) Melhor Rainha: Canto do Sabiá (R$ 100,00 + troféu) Melhor Noivo: Canto do Sabiá (R$ 100,00 + troféu) Melhor Noiva: Canto do Sabiá (R$ 100,00 + troféu) Melhor Casamento: Canto do Sabiá (R$ 100,00 + troféu)
“Estou vendo com o nosso secretário de Cultura José Cícero a proposta de realizarmos nos próximo ano uma disputa regional quando traremos para Aurora quadrilhas Juninas de outros municípios do Cariri e do estado como um todo”, disse o prefeito Adailton Macedo durante o seu discurso no momento da premiação dos vencedores.

O Festival de Aurora já se configura como um dos mais importantes e organizados eventos juninos da região, acentuou. Para se ter uma idéia a sua premiação é igual a que atualmente está sendo paga pelo festival patrocinado pela Seculte-CE do estado na questão da premiação.
Após os desfiles das agremiações brincantes a população ocupou o centro da praça para dançar e curtir até os primeiros raios de sol o super show de forró animado por duas pratas da casa: Garotos Bacanas e Forró Xoteado, seguido da atração especial – João Bandeira Jr; e Banda Bota pra Moer.

Da Redação do 'Blog de Aurora e da Seculte'
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